Para uma autêntica banda Punk, temas como política, sociedade, violência, capitalismo e revolta não podem faltar nas letras. E se essa banda nascer no ABC paulista, inspiração e vivência para escrever músicas desse porte não vão faltar.
Foi isso o que aconteceu com Mau (vocalista), Mauro (guitarrista) e Sukata (baixista), que fundaram o Garotos Podres no início da década de 80 e começaram a compor diversas músicas. Em 1985, entraram em estúdio para a gravação do primeiro álbum Mais Podres do que Nunca, que atingiu a surpreendente marca de 50 mil unidades vendidas, de forma praticamente independente. Faixas como "Johnny", "Anarkia Oi" e "Papai Noel Velho Batuta", renderam diversos shows para o grupo além de execuções na rádio e uma grande visibilidade nacional.
O segundo trabalho, intitulado Pior que Antes, chegou 3 anos depois, já pela gravadora Continental e não trouxe tantos sucessos, mas a canção "Subúrbio Operário" causou bastante repercussão e foi incluída no curta "Rota ABC", premiado em alguns festivais de cinema.
Após alguns anos em silêncio, foi somente em 1993 que o Garotos Podres lançou seu mais novo álbum,Canções para Ninar. Clássicos como "Fernandinho Veadinho", em homenagem a um certo político, "Rock de subúrbio" e "Oi! Tudo bem?" conseguiram emplacar nas FMs e arrancam elogios de várias personalidades brasileiras, de escritores e poetas a músicos e críticos.
A primeira turnê do grupo fora do Brasil ocorreu em 1995, quando eles tocaram em Portugal e na Alemanha, lançando sua discografia também nos países vizinhos. O ao vivo Rock de Subúrbio - Live, gravado em Mauá, São Paulo, saiu no mesmo ano pelo selo português Fast n' Loud.
Dois anos depois, assinam com a Paradoxx e gravam Com a Corda Toda. O álbum foi produzido por Clemente (Inocentes) e manteve as principais características do Garotos Podres. O principal destaque foi a faixa de abertura "O Mundo não pára de girar". A banda, porém, não ficou satisfeita com os serviços da gravadora e entrou na justiça contra a mesma por descumprimento de contrato.
Em 2001 chegou Live In Rio!, o segundo ao vivo da carreira, gravado, desta vez, no Balroom, no Rio de Janeiro. Esse foi o primeiro trabalho com o baterista Capitão Caverna Nunes.
No ano seguinte saiu o tributo 20 Anos de Podridão, comemorando o vigésimo aniversário de fundação do grupo, além ser uma forma de agradecimento pela importância que o Garotos Podres teve não só no Punk, mas em toda a cena musical brasileira. Participaram desse disco Ratos de Porão, Ultraje a Rigor, Lambrusco Kids, Tihuana entre outros.
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