Em 1981, estudantes do Colégio Imaculada da Conceição, no bairro de Botafogo, RJ, influenciados pelo blues e pelo Rolling Stones resolvem forrmar uma banda de rock n´roll. Surgia então o Barão Vermelho, com Maurício Barros nos teclados, Guto Golfi na bateria, Roberto Frejat na guitarra e André Cunha no baixo.
Por algum tempo, ensaiaram na casa dos pais de Maurício, no bairro carioca do Rio Comprido. Faltava ainda um vocalista: Léo Jaime acaba fazendo os vocais em alguns ensaios, mas acaba indicando um amigo - Cazuza- surge assim uma das mais produtivas parcerias do rock nacional: Frejat e Cazuza.
A banda começa a realizar shows ao ar livre, e lança sua primeira fita demo que originaria o primeiro álbum, auto-intitulado, em 82, do qual se destacariam as faixas "Bilhetinho azul", "Down de mim", "Ponto fraco" e "Todo amor que houver nesta vida". Em 83, a banda fica em estúdio por um mês e lança o LP Barão Vermelho 2.
As rádios, porém, não achavam que as músicas fossem suficientemente comerciais, rejeitando solenemente o álbum. O sucesso só veio mesmo após Ney Matogrosso gravar uma versão para "O Dia nascer feliz", e Caetano Veloso ter definido Cazuza como um "grande jovem poeta", incluindo, inclusive a faixa "Todo amor que houver nesta vida" em seu show.
O sucesso da banda é tal que são convidados a compor a trilha sonora do filme "Beth Balanço" de Lael Rodrigues. A música tema revela a banda para todo o Brasil. Aproveitando o embalo, o Barão lança o terceiro disco, Maior Abandonado, com os hits "Beth Balanço", "Por que que a gente é assim?" e a faixa título. O álbum vende mais de 100 mil cópias.
As provas de fogo para a banda foram a apresentação na Praça da Apoteose no RJ, em setembro de 84 com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o convite de subir ao palco do Rock n´Rio em 85. Finalmente, a carreira estava consolidada.
Cazuza, porém, pensava em fazer um trabalho solo. Frejat o incentivava, desde que para tal não fosse necessária a saída do vocalista da banda. As brigas, porém, fizeram com que Cazuza largasse o Barão definitivamente, levando de quebra algumas canções que acabariam fazendo parte do seu primeiro trabalho solo, como "Só as mães são felizes" e "Exagerado". Frejat assume então os vocais da banda. O Barão Vermelho começou a passar por uma fase ruim, e a primeira música sem Cazuza foi "Torre de Babel", gravada num programa infantil de TV.
Em 86 lançaram o quarto LP, Declare Guerra, que contou com a participação de letristas como Renato Russo e Arnaldo Antunes. O álbum, porém não teve publicidade, e a banda sentiu-se abandonada, assinando então um contrato com a WEA.
Lançam então em 87 o LP Rock n´Geral, com fortes influências do blues. No entanto, foi a vez de Maurício deixar o grupo. Entram então o guitarrista Fernando Magalhães e o percussionista Peninha. Em 88, lançam o álbum Carnaval que, misturando rock romântico e pesado, estoura nas rádios. A faixa "Pense e dance" vira hit em todo o país.
Em 89, é lançada pela Som Livre a coletânea Os Melhores Momentos de Cazuza e Barão Vermelho. Na mesma época, o Barão lança o LP Barão ao Vivo, que vende 98 mil cópias. Em 90, devido à constantes brigas com Frejat, sai o baixista Dé, sendo substituído por Dadi. Gravam Na Calada da Noite, dando ênfase ao lado acústico. Foi nesse álbum que registraram a canção "O poeta está vivo", que se tornou uma espécie de réquiem para Cazuza, que morreria de AIDS em 7 de julho do mesmo ano.
Em 91 e 92 , recebem o Prêmio Sharp de melhor conjunto de rock. Ainda em 92, são eleitos pelo público e crítica como a melhor banda do Hollywood Rock. O nono disco, Supermercados da Vida, trouxe participações de Dulce Quental, Guilherme Arantes, Paulinho Moska, entre outros.
O baixista Dadi é substituído por Rodrigo Santos. Em 94, saiu Carne Crua, considerado um dos melhores álbuns de rock de toda a história nacional. As canções "Meus bons amigos" "Daqui por diante" e "Guarde essa canção" conseguem repercussão imediata. Dois anos depois, @lbum, mostrava regravações de músicas conhecidas, como "Vem quente que eu estou fervendo".
No dia 12 de janeiro de 2007, a banda faz seu último show no Rio de Janeiro, antes de nova parada "de férias" - a segunda na década. Seus integrantes se dedicarão a projetos solo. Não há previsão de retorno. Paralelamente, porém, a banda prepara o lançamento de um livro sobre sua carreira e do DVD com a histórico show no Rock In Rio I.
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